A Historiadora Elenco: 7 Razões Para Deixar Doramas Populares Pelo Caminho

A Historiadora Elenco: Reflexões Sobre Abandonar Doramas Famosos e Muito Queridos

Às vezes, começo a assistir um dorama e acabo não voltando para terminar. Confesso que isso me deixa um pouco inquieta, já que algumas dessas séries acabam não ganhando espaço aqui no blog como registro do que vi. No entanto, a razão é simples: eu simplesmente não tive vontade de continuar. Por isso, decidi compartilhar uma lista com dez doramas que abandonei ao longo do caminho – e aviso desde já que alguns deles são bastante populares, o que pode causar certa polêmica.

É importante ressaltar que o fato de eu ter desistido de assisti-los não significa que sejam doramas ruins. Apenas não me senti motivada a investir mais tempo neles. Talvez você também tenha passado por experiências semelhantes e encontre aqui um consolo.

O que geralmente me faz abandonar uma série? Normalmente, é quando sinto que a história não está fluindo, os personagens não me cativam ou o enredo perde o sentido para mim. Se, após uma hora assistindo, não vejo progresso ou sinto que meu tempo está sendo desperdiçado, prefiro não insistir. Enredos mal construídos, personagens desinteressantes ou tramas que não despertam satisfação são alguns dos motivos que me levam a tomar essa decisão.

1- Chocolate (2019): Um Dorama Poético que Não Conquistou Todos

Embora muitos tenham considerado Chocolate um dorama belo e com toques poéticos, ele foge bastante da estrutura clássica dos dramas coreanos. A narrativa segue um ritmo mais lento, tratando seus conflitos de maneira gradual, o que pode agradar alguns, mas nem sempre prende todos os espectadores.

Começo Promissor, Mas Expectativas Quebradas

Eu adorei a fase inicial do dorama, especialmente o período que aborda a infância dos personagens. As primeiras cenas criaram uma grande expectativa para o que viria a seguir. No entanto, uma passagem de tempo repentina acabou quebrando esse encanto. A trama tenta abordar vários temas de uma vez, o que para mim tornou difícil se conectar de forma profunda com a narrativa e seus dilemas.

O Peso do Melodrama e a Falta de Envolvimento

A multiplicidade de questões abordadas faz com que a história se torne pesada e dispersa. Eu prefiro narrativas mais focadas, que tratam de um problema principal, como em Apenas Entre Apaixonados, que explora as consequências do desabamento de um shopping de forma centrada. Em Chocolate, o excesso de drama acabou tornando a experiência cansativa e não consegui me envolver com a história ou com os protagonistas.

Apesar de contar com um elenco renomado, incluindo Ha Ji Won (Secret Garden), Yoon Kye Sang (The Good Wife) e Jang Seung Jo (Snowdrop), a trama não conseguiu me prender, e o excesso de melodrama tornou difícil concluir a série.

2- Age of Youth (Hello My Twenties; 2017): A Segunda Temporada que Decepcionou

A tão esperada segunda temporada de Age of Youth não conseguiu capturar a essência encantadora que fez da primeira temporada um sucesso. Após os polêmicos eventos envolvendo a atriz Ryu Hwa Young, do grupo T-ara, que se envolveu em um escândalo de suposto bullying, o elenco enfrentou perdas significativas. Embora algumas personagens tenham retornado, elas apareceram com novas características, o que alterou completamente a dinâmica da série para mim.

Um Começo Fraco e Frustrante

O primeiro episódio da nova temporada foi uma decepção total. A história pareceu sem sentido e desinteressante, e não consegui me conectar com a narrativa como antes. Além disso, minhas personagens favoritas não estavam mais presentes, exceto por Han Seungyeon, o que diminuiu ainda mais meu entusiasmo pela série. A mudança no elenco e na abordagem narrativa impactou diretamente a experiência, deixando um gosto amargo.

A Decisão de Parar

Diante do que assisti, optei por interromper a maratona. A má qualidade do primeiro episódio e a ausência de personagens que eu realmente gostava tornaram impossível continuar. Para mim, Age of Youth perdeu a magia que a tornava tão especial e envolvente na primeira temporada.

3-Meu Romance Secreto (My Secret Romance; 2017): Uma Ousadia que Não Sustenta

Se Meu Romance Secreto fosse um filme, eu o consideraria ousado e inovador, especialmente por algumas cenas marcantes. A famosa sequência no carro, por exemplo, foi bastante elogiada, oferecendo um bom nível de fanservice e desafiando algumas das convenções típicas dos doramas. Em vários momentos, fiquei pensando “uiii”, pela ousadia das cenas. No entanto, o problema surge logo em seguida: a trama se torna repetitiva e fraca, sem conseguir manter o interesse por seus 13 episódios.

Uma Produção com Baixo Orçamento

A impressão que ficou é a de que se trata de uma produção com um orçamento extremamente limitado, cuja principal intenção é reunir uma série de cenas clichês típicas de fanfics. Embora isso não seja necessariamente um ponto negativo, pois poderia proporcionar entretenimento, a falta de uma dinâmica mais divertida prejudica a experiência. A repetição dos elementos torna-se exaustiva, fazendo com que os erros se destaquem mais do que os acertos.

A Questão do Elenco

Outro aspecto a ser considerado é o desempenho do ator Sung Hoon, conhecido por seus papéis em Noble, My Love e Oh Minha Vênus. Embora ele tenha apresentado uma melhora em relação ao seu trabalho anterior em Noble, Meu Amor – que eu também abandonei por razões semelhantes – ainda sinto que sua atuação carece de profundidade. Apesar de ser atraente e estar em forma, falta-lhe a versatilidade necessária para fazer o personagem brilhar.

Potencial Perdido

Meu Romance Secreto poderia ter sido uma comédia romântica divertida, talvez até melhor como um filme, explorando todos os clichês de forma leve e encantadora. A protagonista, interpretada por Song Ji Eun, traz um frescor à narrativa, mas a repetição excessiva compromete a química e a energia do enredo. Em suma, o dorama oferece momentos promissores, mas não consegue sustentá-los ao longo de sua duração, resultando em uma experiência aquém do

4- Alta Sociedade (High Society; 2015): Um Exemplo de Frustração em Doramas

Alta Sociedade é um exemplo claro do motivo pelo qual discuto doramas que não consegui finalizar. Este projeto foi escrito por Ha Myung Hee, a mesma autora de Temperatura do Amor e Passarela de Sonhos, ambas obras que apresentam falhas semelhantes em ritmo, coerência e desenvolvimento de personagens. Minha desistência tanto de Temperatura do Amor quanto de Alta Sociedade me fez querer evitar a decepção que provavelmente enfrentaria com Passarela de Sonhos.

Narrativa Confusa e Relações Desinteressantes

A trama de Alta Sociedade se revela desorganizada, com uma dinâmica de “cruzamento de casais” que, na realidade, não convence. O protagonista masculino parece ter mais afinidade com a personagem secundária, enquanto a protagonista feminina combina melhor com o personagem que deveria ser o par romântico. Além disso, a história é repleta de conflitos entre famílias ricas e tradicionais, mas a forma como isso é abordado se mostra excessivamente caricatural e carece do humor típico dos dramas makjang.

Elenco e Desempenho

Apesar de ter tentado assistir por causa do talento de Park Hyung Sik, conhecido por seus papéis em Suits e Mulher Forte Do Bong Soon, não consegui continuar. A personagem de Uee, integrante do grupo After School, me pareceu bastante irritante, e acabei torcendo mais pela amiga dela, interpretada por Im Ji Yeon, que parecia ter uma narrativa mais envolvente.

Considerações Finais

Alta Sociedade é uma lembrança de que nem todos os doramas, mesmo aqueles com um bom elenco, conseguem cativar o público devido a uma narrativa fraca e personagens mal desenvolvidos.

5- Chicago Typewriter (2017): Um Drama que Não Conseguiu me Cativar

Quando mencionei que não consegui apreciar Chicago Typewriter, a reação foi de espanto: “O QUÊ? Você não gostou?” Contudo, a verdade é que o drama não me prendeu. A protagonista, interpretada por Im Soo Jung, que também brilhou em Search: WWW, conseguiu me irritar de tal forma que ultrapassou até minha aversão à atuação exagerada de Hwang Jung Eun em Kill Me Heal Me. A personagem se revela escandalosa, ingênua e com uma dose excessiva de exagero, parecendo desajeitada e sem um propósito claro, o que tornou difícil para mim continuar assistindo.

Protagonistas Desconectados

O protagonista masculino, interpretado por Yoo Ah In, conhecido por seu papel em Six Flying Dragons, é arrogante e monótono, a ponto de não despertar em mim nenhuma empatia. A dinâmica entre os dois não funcionou, e a narrativa parece estar sempre “quase” começando, sem realmente avançar, com episódios excessivamente longos.

Cenas Cotidianas que Enfraquecem a Narrativa

Combinado a isso, a morosidade das cenas cotidianas que tentam construir um romance entre os protagonistas só aumentou minha frustração. Apesar de achar a premissa que gira em torno da máquina de escrever e das vidas passadas fascinante, a abordagem excessivamente alegre da protagonista me parece deslocada. Quem sabe um dia eu encontre a paciência para retomar essa história, mas, por enquanto, ela não conseguiu me conquistar.

6- Hae-Ryung, a Historiadora (Rookie Historian Goo Hae Ryung; 2019): Um Olhar Crítico sobre o Dorama de Época

Não sou exatamente fã de doramas de época que são excessivamente leves e engraçados. Quando busco uma produção nesse estilo, espero um delicado equilíbrio entre momentos de fofura e várias lágrimas — como é o caso de Moon Lovers – Scarlet Heart Ryeo. Infelizmente, Hae-Ryung, a Historiadora não conseguiu me envolver da maneira que eu esperava, apresentando um tom excessivamente moderno e absurdamente cômico que não se alinha bem com a importância de dar voz a uma mulher em um contexto histórico.

Um Tema Importante, Mas Abordagem Inadequada

O que me incomodou foi a leveza e o humor excessivos, que pareciam inadequados para a seriedade das questões abordadas. O dorama parece ter se distanciado do que poderia ser uma narrativa mais impactante e significativa.

Desempenho do Elenco

Além disso, não sou particularmente fã do Cha Eun Woo como ator. Embora ele seja incrivelmente bonito, sinto falta de profundidade em suas atuações. Para mim, a falta de camadas emocionais compromete a conexão com a história e os personagens.

Uma Opção para Novatos

No entanto, Hae-Ryung, a Historiadora pode ser uma boa escolha para aqueles que geralmente não têm interesse em histórias de época, oferecendo uma experiência leve que pode cativar esse público.

7- Crônicas de Arthdal (2019): A Promessa de Uma Grande Épica

Crônicas de Arthdal apresenta um elenco estelar e uma narrativa ambiciosa, almejando ser o “Game of Thrones” da Coreia. Mas a pergunta é: conseguiu cumprir essa promessa? A resposta é incerta, especialmente considerando a ausência de uma temporada adicional que poderia ter aprofundado a trama.

Uma Premissa Interessante, Mas Confusa

A ideia por trás do dorama é fascinante e, de maneira geral, ele se mostra envolvente. Contudo, os dois primeiros episódios deixaram-me com uma impressão de confusão. A narrativa parece exagerada, quase como se tentasse ser grandiosa demais. Essa busca pela grandeza, embora tenha seus méritos, resultou em uma experiência visual que pode ser excessiva para alguns espectadores.

Desafio de Acompanhar a Trama

Senti que, para realmente apreciar Crônicas de Arthdal, é necessário um nível considerável de paciência. O número elevado de personagens e a complexidade das interações tornam difícil a imersão total na história. Embora eu tenha vontade de continuar assistindo, essa sobrecarga de informações pode afastar até os fãs mais dedicados do gênero.

Um Potencial Que Não Deve Ser Ignorado

Apesar dessas dificuldades, existem elementos muito interessantes na série. Não a considero uma produção ruim; na verdade, tem potencial para se tornar algo realmente grandioso. Resta saber se a continuidade conseguirá lapidar esses aspectos e entregar uma experiência mais coesa e gratificante para o público.

8- Abismo Mágico (Abyss; 2019): Uma Troca de Corpos que Deixa a Desejar

A proposta de Abismo Mágico, que envolve uma troca de corpos após a morte misturada a uma trama policial sobrenatural, parecia promissora. Com um elenco de peso, incluindo Park Bo Young (de Mulher Forte Do Bong Soon e Oh My Ghostess) e Ahn Hyo Seop (de 30 Mas 17), eu estava animada para ver como essa ideia seria desenvolvida. No entanto, a abordagem da “beleza interior” acabou me decepcionando.

Uma Abordagem Problemática da Beleza

A história tenta retratar a personagem de Park Bo Young como “feia”, mas essa definição se resume apenas a sua altura. Essa simplificação me incomodou, pois não explora de forma adequada as complexidades da beleza.

Enredo Fraco e Episódios Tediosos

Além disso, a narrativa em si se mostrou fraca e os episódios, muitas vezes, arrastados, dependendo excessivamente das atuações de Park Bo Young para sustentar o interesse. A dinâmica da troca de corpos não convence; a conexão com a persona anterior desaparece, resultando em personagens novos e inconsistentes que não conseguem gerar empatia.

Uma Experiência Frustrante

No geral, Abismo Mágico me deixou com uma sensação de frustração. Apesar do conceito intrigante, a execução falhou em capturar a essência do que poderia ter sido uma história envolvente. A trama acabou se revelando mais chata do que cativante, perdendo a oportunidade de explorar temas mais profundos e significativos.

9- Questão de Tempo (About Time; 2018): Uma Premissa Promissora com Falhas na Execução

Com Lee Sung Kyung (Cheese In The Trap e Fada Levantadora de Peso) e Lee Sang Yoon (Second Time 20s) no elenco, Questão de Tempo traz uma trama intrigante sobre a percepção do tempo. A protagonista possui a habilidade de enxergar quanto tempo de vida resta para as pessoas ao seu redor e, de maneira perturbadora, ela também visualiza seu próprio tempo se esgotando. Porém, quando ela conhece um rapaz que tem a capacidade de interromper seu tempo, a história ganha um novo giro. A premissa é, sem dúvida, cativante.

Falta de Química entre os Protagonistas

No entanto, o que se desenrola a seguir deixa a desejar. A falta de química entre o casal é evidente, agravada pela diferença de idade. A personagem feminina acaba se tornando insistente, perseguindo o protagonista até sua casa, o que resulta em situações constrangedoras. Havia alternativas mais sutis e eficazes para desenvolver esse relacionamento, mas as escolhas feitas me deixaram desconfortável e levei a decisão de interromper a série.

Potencial Não Aproveitado

Apesar da poderosa abertura dramática no primeiro episódio, o enredo não conseguiu manter esse tom ao longo da narrativa. Havia um grande potencial para explorar temas como morte e despedidas, especialmente com a atuação excepcional de Kim Hae Sook, conhecida por seu papel como a avó querida em Start Up. Infelizmente, não consegui continuar assistindo e percebi que a série não atendeu às minhas expectativas.

10- O Mentiroso e Seu Amor (The Liar and His Lover; 2017): Um Drama Frustrante

Com uma proposta promissora, O Mentiroso e Seu Amor se revela um desafio de assistir. A série é marcada por um ritmo arrastado e situações forçadas que dificultam a imersão na trama. Joy, do grupo Red Velvet, é a protagonista, e embora ela seja uma artista talentosa e bonita, o papel que lhe foi atribuído parece uma escolha equivocada.

Desempenho da Protagonista

Embora a Joy não seja a responsável pelas falhas do enredo, fica evidente que este é seu primeiro grande papel, e sua performance carece da experiência necessária para sustentar uma protagonista. Apesar de seu carisma e do apelo que ela traz à história, a narrativa não permite que o potencial dela seja plenamente explorado.

Transformação de Filme para Série

Originalmente, a história é baseada em um filme japonês, que, em uma versão mais curta e concisa, poderia ter sido muito mais eficaz. A ideia central é interessante, mas a adaptação para série acabou por diluir sua dinâmica, resultando em um enredo que avança de forma lenta e pouco envolvente. Para muitos, a transformação de uma obra de longa-metragem em série pode ser um erro, e, neste caso, é fácil compreender por que o filme teria sido uma opção mais acertada.